A Obramat, empresa de materiais de construção e renovação, vai abrir em Portugal em 2024. Para orquestrar o lançamento desta nova insígnia, era necessário um líder que conhecesse bem as especificidades do país e gostasse de desafios: Olivier Jonvel. Regresso à nossa conversa.
Olivier, trabalhaste na implantação da Leroy Merlin em Portugal entre 2001 e 2014. Porque é que a ADEO decide abordar agora o mercado dos profissionais portugueses com a Obramat?
Olivier Jonvel: Depois da França, Polónia, Itália, Espanha e Brasil, Portugal é para a ADEO um país maduro para se lançar no mercado do profissional. A Leroy Merlin está solidamente implantada e os estudos de mercado revelam um excelente potencial para o setor da renovação e da construção em sentido lato. Portugal conhece um verdadeiro boom do imobiliário desde 2018. Há pouca coisa nova, mas muitos restauros. Quanto à concorrência, a distribuição é muito fragmentada, havendo 4000 revendedores muito segmentados por especialidade e nenhum multiespecialista grande. É, portanto, uma boa oportunidade para a Obramat.
A Obramat em Portugal será semelhante às outras BU desta insígnia?
O.J.: A nossa promessa recai, de facto, sobre os mesmos pilares do quea Obramat em Espanha ou até a Obramax no Brasil: uma disponibilidade maciça dos produtos que responda às necessidades dos profissionais, preços muito competitivos em marcas reconhecidas, uma rapidez de compra e uma relação privilegiada com vendedores ultra-especializados que falam a mesmo linguagem dos profissionais dando-lhes respostas concretas.
Que desafios tens de enfrentar? O recrutamento de vendedores ultra-especializados faz parte desses desafios?
O.J.: Há três grandes etapas a passar antes de poder abrir a nossa primeira loja-armazém em Lisboa no segundo semestre de 2024. Primeiro, há que constituir uma equipa excecional. Tenho nomeadamente de encontrar, numa primeira fase, chefes de produtos que vão ser o núcleo duro da “startup” e vão dar o impulso ao projeto. Depois, entre outras coisas, há que recrutar os gestores do primeiro ponto de venda e, de facto, os vendedores ultra-especializados. Para esta etapa crucial, sou apoiado por um gabinete de recrutamento e pelos RH da Obramat em Espanha. Recrutamos a nível externo, mas também dentro da ADEO! A segundo etapa será constituir a gama de produtos. Teremos cerca de dez meses para isso. Há que saber escolher as marcas e produtos que respondem às necessidades ultra-locais. Por fim, a última etapa será a construção da loja-armazém em si. Conscientes do potencial, temos uma grande visão – 50% maior do que uma loja standard (5000 m2 de logística) – desde o início para marcar bem a nossa ambição.
Justamente, qual é a ambição da Obramat em Portugal?
O.J.: Queremos ver nascer um novo líder do mercado PROFISSIONAL em Portugal com a abertura, todos os anos, a partir de 2024, de uma a duas lojas na grande Lisboa, no Algarve, no Porto… Devido ao nosso sucesso na Europa do Sul, ousamos apostar. Mas a nossa ambição é tão grande quanto a nossa humildade. Ainda que estejamos seremos por dispormos dos conhecimentos da ADEO e, sobretudo, da Obramat Espanha, há que manter-nos humildes com a aprendizagem: cada país é uma nova aventura. Não se deve querer colar um conceito, deve-se sempre tentar adaptá-lo. Mas é, sobretudo, uma bela aventura humana de criação de empresa. O Graal do empreendedor!
1ª
loja
no 2º semestre 2024
8
chefes de produtos
em recrutamento
6º
país
onde a Adeo desenvolve o PROFISSIONAL